DOMANDO EMOÇÕES


Mesmo montando por 20 anos, a amazona Flávia Mello, começou a se sentir insegura em cima do cavalo. Ansiedade e nervosismo tomaram conta da amazona e tornaram as competições cada vez mais difíceis. Certa de sua paixão pelo hipismo, ela procurou ajuda no coaching de autoconhecimento e viu ali uma saída para suas dificuldades. Depois de superar os medos, a atleta se sentiu impelida a ajudar outros esportistas que vivenciam o mesmo problema.
Assim, ela trouxe para Brasília o coaching mental de performance, que ajuda a preparar emocionalmente ex, atuais e futuros atletas que se sentem nervosos e ansiosos com a prática do esporte. O foco acaba sendo o público adolescente por dois motivos: além de serem novatos no esporte, estão em uma fase em que vivem tudo com muita intensidade. Outro público-alvo são atletas mais velhos que já não sentem confiança por medo de se machucarem.

Durante as aulas, Flávia utiliza, entre outras coisas, técnicas de psicologia esportiva, com o objetivo de fazer um treinamento de força mental para alcançar a autoperformance no hipismo. A coach explica que, durante as competições, nossas emoções são transmitidas ao animal e, em alguns momentos, os atletas ficam tensos e não conseguem executar bem a prova. “O nervosismo é importante porque nos motiva e nos torna mais ativos. É uma reação normal e precisamos usá-la a nosso favor.”

Nos encontros conduzidos por ela, busca-se a ressignificação de alguns aspectos da tensão, própria das disputas esportivas. Para isso, são usadas técnicas de visualização: o aluno pensa no que precisa ser feito — respiração e ancoragem —,  esquece o que está ao seu redor e se foca na atividade. Exercícios que podem ser realizados durante as provas e em outros momentos da vida. “As pessoas trazem respostas em relação aos seus medos e os resultados são muito bons. Falo para os meus alunos comemorarem as evoluções e anotarem o que foi positivo como dever de casa”, explica Flávia.

Para os jovens atletas, as técnicas reforçam o empoderamento em cima do cavalo. Alyssa Zaban, 17, Luiza Alvares, 16, Maria Clara Kramer, 15, e Bruna Boghossian, 17, acreditam que estarem juntas durante as aulas as motiva a continuar montando e lutando contra as inseguranças.

Alyssa, por exemplo, sempre teve uma paixão por esses animais e, quando convenceu a mãe a deixá-la montar, foi surpreendida por não se sentir confiante durante as competições. “Decidi fazer o coaching porque fico muito nervosa e vejo que isso atrapalha meu desempenho. Faço os exercícios também em casa e em outros momentos da minha vida, como antes das provas de hipismo.” Segundo a jovem, as aulas mudaram não só o jeito que ela enxerga o cavalo, mas também a maneira de montá-lo e a forma como se sente em cima dele. Um bom começo para alcançar o sonho de se tornar uma atleta reconhecida.

Já para Bruna, o hipismo veio de forma natural, uma vez que sua família sempre teve uma relação especial com os cavalos. “Comecei o coaching porque estava com medo de saltar os obstáculos durante as provas. Acredito que tenho melhorado bastante.” A adolescente pratica o esporte apenas como hobby e afirma que os exercícios têm ajudado não só na sua relação de confiança com o cavalo, mas também com a vida. Luiza e Maria Clara também sentem diariamente os benefícios do coach. “Faz muita diferença na hora de se focar nas dinâmicas”, comenta Luiza.

Fonte: Matéria Revista do Correio  http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/revista/2017/04/30/interna_revista_correio,592101/como-os-cavalos-podem-ser-usados-em-terapias.shtml

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